Vias públicas de Salvador estão virando estacionamentos privados. A prática é comum nas redondezas de bares e restaurantes, sobretudo no período da noite. Adotando a premissa de que é preciso garantir uma vaga ao cliente, há estabelecimentos que simplesmente privatizam os espaços, delimitando-os com cones, cavaletes ou até mesmo correntes. Tudo isso numa cidade em que faltam estacionamentos e a frota de veículos aumenta a cada ano. Para se ter um ideia, de janeiro a agosto deste ano, pouco mais de 28 mil veículos passaram a circular pelas ruas da capital, engrossando a frota, atualmente de 759 mil. A média mensal é de 3,5 mil novos veículos nas ruas. O número de motocicletas também cresceu substancialmente. A frota é de 90 mil, 125% maior em comparação à que existia no ano de 2005. “Não bastassem as dificuldades para encontrar estacionamentos, devido ao excesso de veículos nas ruas, nós ainda disputamos vagas com os donos desses estabelecimentos”, queixou-se o economista Raimundo Nonato Aguiar, de 42 anos, que estava à procura de vaga na Rua Belo Horizonte, no Jardim Brasil, na manhã de ontem. Segundo ele, é “impossível” estacionar no bairro no período da noite, diante da quantidade de bares e restaurantes que privatizam os espaços públicos. Leia mais na Tribuna.
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